E chegamos a parte final do top 100, depois de eu ferir pelo menos uns 10 direitos humanos com algumas das minhas escolhas por aqui, hoje nós finalmente finalizamos tudo por aqui.
Guardo algumas palavras minhas pro final desse post, então vamos nessa, se preparem para o nosso top 20!
20. LOVE SHH! – JO YURI
Vocês podem me dizer que acham as músicas da Yuri sem personalidade, mas eu genuinamente gosto delas (tirando aquela chatisse que foi Loveable, ali eu concordo de verdade que nossa, que música RUIM) e como ela vem trabalhando a carreira solo dela (de novo, tirando aquele último comeback). E isso inclui eu sendo cara de pau e incluindo Love Shh em 20º lugar aqui, pra marcar a presença da gata com um single dela desse ano.
Enquanto muita gente curtiu e muito a proposta da Yena eu tenho um único problema com ela: a voz da gatinha não funciona comigo, e não me vende de jeito ou maneira ela como solista. O que é uma pena, porque quando a Yuri decidiu emular “Smile” com Love Shh eu simplesmente deitei rapidinho pra música. Eu gosto dessa aura mais animada e leve, sem muitas preocupações, e que parece se aproveitar da melhor parte de se apaixonar e estar feliz. Acho, genuinamente, que essa música tem uma energia muito gostosa e boa, ela consegue elevar meu humor sem muito esforço e trazer um sorriso pro meu rosto sem dar muitas voltas. Yuri pode prosseguir com músicas assim ou como Glassy que eu estarei lá, defendendo ela e provavelmente curtindo o que ela lança menos Loveable.
19. CYBERPUNK – ATEEZ
Ateez faz nesse top a sua primeira aparição por aqui. Sim, o grupo que 100% do tempo lança coisa que não é exatamente do meu agrado (mesmo que os produtores sejam exatamente os mesmos do Dreamcatcher) conseguiu um lugar num top meu e ainda por cima em uma posição bem alta. E calma gente, não se assustem com essa aparição, tudo bem que Stray Kids marcou presença por aqui umas duas vezes, mas o meu caso com Cyberpunk é bem diferente.
Eu geralmente não tenho paciência pra escutar todas as b-sides de todos os grupo (um deles sendo o Ateez), então a culpa de eu ter ido dar uma olhada no que Cyberpunk oferecia é com toda certeza atribuída ao tiktok e seu algoritmo dos infernos. E eu nem sei porque o chamei assim, porque entre tantas coisas essa música foi um grande achado. Ela se encaixa perfeitamente ao nome, trazendo uma música que remete bem ao estilo cyberpunk, e ao mesmo trabalha perfeitamente ao lado dos vocais do grupo para nos dar uma música dramática e quase perfeita. Cyberpunk é uma música perfeita demais (e grudenta, devo ter escutado ela tantas vezes que nem sei) para estar escondida como b-side de um grupo como o Ateez, mas toda a proposta dela é entregue perfeitamente de uma forma viciante. É uma daquelas músicas que você escuta umas 1000 vezes sem enjoar nem um pouco, e eu simplesmente tenho uma adoração enorme por ela.
18. ATTENTION – NEWJEANS
Quando eu digo que NewJeans deve ter sido um dos meus atos novos favoritos desse ano eu não estou exagerando de jeito ou maneira. Emplacando sua terceira música por aqui, as meninas conseguiram minha atenção (eu juro que paro com os trocadilhos um dia) facilmente. Isso se intensifica quando a gente fala de Attention, a primeira música delas a ser lançada ao grupo sem aviso prévio nenhum. E se tem uma coisa que a Ador acertou foi nessa escolha.
A surpresa de uma música tão boa quanto Attention sair assim, sem nada dito anteriormente, faz com que ela tenha um gostinho a mais desse sabor único que ela traz. Isso sem contar que NewJeans mirou aqui no que os outros grupos que competiram com elas como rookies já haviam mirado: essa música não é cheia de trocas mirabolantes, nem de exageros, ela só é uma música deliciosa de se ouvir que funciona perfeitamente bem por si só. Combinando esse fato com o fato de que, mesmo assim, Attention encontra seu ponto diferencial faz com que essa música, sozinha, tenha um grande poder em suas mãos. Incrível, sem tirar nem por.
17. 28 REASONS – SEULGI
Depois de tanto demorar a dar as caras por aqui, finalmente o prato principal do debut solo da Seulgi aparece. 28 Reasons me dava razões o suficiente para que ela conseguisse uma colocação tão alta aqui comigo. Um dos fatores principais é como ela saiu da linha que Wendy e Joy seguiram, não tem uma música amigavelzinha ao público, sem baladas ou um álbum reciclado, Seulgi decidiu pegar algo que condiz com ela e colocar na rodinha, e isso faz com que eu respeite mais ainda a escolha de 28 Reasons como música principal desse debut.
Claro, eu ainda não entrei no fato que ela é uma música muito boa por si só, que é o principal disso tudo. Seulgi aqui entrega uma música sensual e viva, que aos poucos vai te envolvendo e levando em uma dança perigosa, mas irresistível. É quase que como cada segundo dessa música gritasse “PERIGO” mas você continua se aproximando a cada segundo sem ter medo de se queimar, porque ela te chama de um jeito extremamente irresistível. Isso acaba sangrando na letra da música também, que sinceramente, já começa com um “beijei teu irmão, mané” pra te tirar daquela zona estranha de conforto, te jogando numa 28 Reasons que fala sobre um amor perigoso e provocativo. Cada segundo dessa música e de toda a interpretação da Seulgi da obra é perfeita, e eu vou pra sempre segurar esse debut como o maior e melhor do Red Velvet, não importa o que vier daqui pra frente.
16. I HATE YOU – WOODZ
Esse ano eu quase não vi nada do Woodz, mas já é meio que conhecimento geral que eu realmente gosto de alguns trabalhos dele, principalmente porque acho que ele sempre se encontra no que faz (até quando não curto o que ele lançou). Então, pegando uma colocação alta por aqui fica I Hate You, uma música que abraça as vibes Pop Rock/Punk que a gente provavelmente veria saindo das mãos da Avri Lavigne (vejam que parece que eu me repito sempre, eu disse que adorava o solo da Dami justamente por isso).
Acho que, inclusive, toda a entrega do Woodz em cima do estilo funciona até melhor que o que a Dami trouxe em Beauty Full, talvez pela vibe geral da música carregar um pouco mais de raiva, que acaba combinando bem com um estilo um pouco mais rebelde como esse. Também acho que o vocal dele funciona extremamente bem em uma faixa como essa, ele consegue trabalhar muito bem como e voz dele encaixa com toda a vibe da música, e acaba criando uma profundidade a mais. Tudo isso pra dizer que eu adoro do fundo do meu coraçãozinho I Hate You e cada segundinho dela, porque acho uma música extremamente bem feita e que entrega exatamente o proposto. Se Woodz vivesse lançando coisas nesse eu provavelmente viraria fã em dois tempos, sem pensar duas vezes.
15. DONE – WJSN
Eu retiro o que eu disse sobre gostar mais do WJSN quando elas lançam coisas como “Save Me, Save You” se a música mais madura que elas forem lançar for EXATAMENTE IGUAL a Done. Last Sequence foi um ótimo comeback sim, eu realmente gostei da música, mas a gente sabe que tem um problema sério em um single quando uma b-side é entregue melhor do que a título. E é o que aconteceu aqui gente, sério, nem tem como eu defender a título perto de Done.
Essa música me traz exatamente a vibe correta de um amadurecimento sonoro das meninas, saindo do conceito de garota mágica pra agora serem mulheres fortes, independentes e donas de si, que dão aquele chute merecido na bunda do carinha inconveniente com um “eu disse que pra mim CHEGA”. Quando eu vejo as pessoas falando de músicas de dão “cunt vibes“, Done com certeza é uma das primeiras músicas a tocar na minha cabeça, porque o WJSN foi lá e fez A música com a vibe mais feminina e forte possível de se lançar. Essa faixa deve ser uma das melhores b-sides das meninas (brigando frente a frente com Pantomime pra mim) e com certeza merece essa colocação alta por aqui.
14. CAN’T CONTROL MYSELF – TAEYEON
Mias Taeyeon sim e se cansou de ver ela por aqui saia da minha casa, muito obrigada. Dessa vez com a primeira música a ser lançada em preparação para o INVU, seu full álbum. Can’t Control Myself é uma música que… me pega de um jeito estranho. Tem alguma coisa em toda a vibe e entrega dessa música que me faz sempre sentir uma pontinha de tristeza quando a escuto, assim como um pouco de uma sensação estranha que sempre me acompanha.
E claro, esses sentimentos atrelados a uma música que fala sobre um relacionamento tóxico são extremamente normais e, com certeza, fazem sentido quando a gente olha por todos os lados. Can’t Control Myself tem que passar esses sentimentos pra você de uma maneira ou de outra. E eu gosto do fato que a escolha aqui foi de não seguir um lado leve, mas que ainda refletisse isso, essa música tem um certo peso quando você escuta e ela trabalha perfeitamente bem essa mistura estranha de sentimentos que acompanham a coisa toda. É uma música que me traz muita coisa de diversas maneiras, e a Taeyeon perfeitamente entrega todos esses sentimentos nas nossas mãos. Facilmente uma das melhores dela.
13. GASOLINE – KEY
Agora saindo de melancolia e tristeza, vamos pro rei das gays coreanas e sua emulada descarada no que o Lil Nas X poderia ter lançado como parte de sua discografia. O Key, pra mim, sempre carrega uma grande responsabilidade de lançar algo no mesmo nível ou que até supere seus últimos lançamentos solo, então ele anuncia algo e eu já estou preparada pra aclamar a coisa toda. Gasoline não supera Bad Love, mas meus amigos ela é igualmente boa, o Kibum acertou DE NOVO.
Eu comparo essa música a Industry Baby facilmente (isso se repete com o Key, ano passado foi eu comparando ele ao The Weeknd) justamente por essa vibe que ambas passam. E é exatamente isso que me vende tanto Gasoline: ela exala esse poder e riqueza que somente o Key (dentro do kpop) poderia fazer funcionar. E ele em cada momento dessa música, tanto em voz quando visualmente, mostra que sabe o que quer nos entregar e como quer que a gente perceba a presença dele sobre ele. É mágico ver o quanto ela se encaixa bem a todo o visual do Kibum, ao ponto de potencializar mais ainda a imagem dele. Os stages dessa música, inclusive, demonstram isso perfeitamente. Eu adoro Gasoline e o quanto ela explora a imagem do Key.
12. AFTER LIKE – IVE
A música que saiu e quebrou o mundinho da blogosfera de fundo de quintal, assim como de todas as gays da fanbase. A gente já sabia que o Ive poderia mandar muito bem, obrigada, com Love Dive, mas samplear I Will Survive e fazer ela funcionar dentro de um lançamento de quarta geração do kpop… caras, ninguém esperava isso, muito menos esperava que seria no nível de qualidade que existe dentro de After Like. Se Love Dive começou a vender a imagem do Ive, After Like só afirmou para que o grupo veio.
Essa música é, em poucas palavras, incrível. A maneira como ela é alto astral a cada momento, o jeito que as meninas entregam os versos, o refrão crocantíssimo, o sample safado de I Will Survive… Até a entrada do rap nessa música é perfeito, por cima do instrumental sampleado e que poderia ter dado extremamente errado mas só funciona. Quem fez toda a composição dessa música somente poderia ter um cérebro banhado a ouro, porque não tem outra explicação pra After Like ser tão boa e tão bem feita desse jeito. E é ela que me faz esperar ansiosamente pra ver o que será o próximo ano do Ive, porque se elas continuarem assim, vão continuar fazendo parte do meu triozinho de ouro de rookies desse ano.
11. ENTRANCING – SIYEON (SOLO)
Eu juro juradinho que esse é o último solo do Dreamcatcher a dar as caras por aqui, mesmo, mas não tinha como eu deixar o solo da Siyeon de fora da coisa toda. Quando ela lançou Paradise eu já rasguei toda a seda disponível na minha casa e quase sai roubando da dos outros pra poder rasgar mais ainda pra ela. Siyeon é uma das minhas vocalistas favoritas dentro do kpop e eu sempre acho que ela acerta perfeitamente no que ela escolhe fazer em seus projetos solos.
Entrancing é um exemplo perfeito disso tudo, uma música que fala sobre a sensação de não querer acordar de um sonho, consegue te fazer arrepiar toda a vez que você a escuta. Não é sobre a sensação melancólica dela, muito menos sobre o quão a letra chega ser triste falando sobre não querer dizer adeus a alguém, mas sim sobre a leveza e delicadeza que essa música é entregue. Siyeon aqui acerta em uma música tão leve quanto estar num sonho e com uma voz tão delicada que parece que ela realmente está falando conosco de dentro desse sonho. É tudo extremamente dreamy e doce, mas não de um jeito açucarado, sabe? Entrancing é uma música lindíssima que guarda um lugar muito especial no meu coração.
10. LOVE ME OUT LOUD – CHUNG HA
A gente tá dando uns pulos meio estranhos nesse final de top, mas calma, está acabando, e a gente abre o top 10 da lista com uma das pessoas com colocação mais estável em todos esses anos fazendo tops de final de ano: Chung Ha. Essa é a terceira aparição dela nessa lista e a gata geralmente consegue capturar uma colocação dentro dos meus top 10 todo o santo ano. Também, só poderia ser a rainha Chungha acima de todos nós e repetindo seu feito MAIS UMA VEZ.
Ela entra esse ano por aqui com uma b-side do Bare&Rare, e provavelmente a que eu apostaria ter sido uma opção para título desse álbum, mas que acabou sendo rejeitada por Sparkling. Love Me Out Loud é uma música dançante que, nossa, se encaixa perfeitamente a discografia da Chungha. Os vocais estão maravilhosos como eu sempre espero, a música vai crescendo aos pouco e te hipnotizando, até o momento que ela estoura e… tudo fica mais bonito ainda. Isso aqui é extremamente consistente ao que a gata vinha colocando pra jogo, e até melhor do que algumas outras coisas. Love Me Out Loud é uma música da Chungha por escrito, e facilmente uma das melhores dela de longe.
9. UNDERWATER – KWON EUN BI
Falando em música da Chungha…
Não gente, eu to brincando, eu acho que Underwater deve ter sido o lançamento da Eunbi que mais se aproxima a imagem dela e que combinou muito mais com ela do que Door e Glitch conseguiram. Eu disse isso no post solo dessa música, mas acho que a Woollim aos poucos está conseguindo firmar uma imagem pra ela, assim como uma marca sonora consistente que funcione bem com essa imagem. Essa música é um passo mais próximo desse objetivo.
Glitch foi a favorita da maioria, e mesmo comigo gostando muito dela, ainda acho que Underwater tem seu brilho especial justamente por trabalhar melhor quem a Eunbi é, assim como ela trabalha bem melhor com a voz dela. Tirando tudo isso da frente, temos uma música que é extremamente deliciosa de se ouvir e que realmente te passa essa sensação de estar debaixo de água. Os versos são calmos, trazendo aquela sensação de mar pleno, onde não se vê o fim nem mais nada no horizonte, só o azul lindíssimo. Aos poucos a música vai se construindo, como se o céu começasse a fechar e, então, no refrão a chuva finalmente cai e estamos em meio ao mar poderoso e bravo, com ondas grandes que arrastam aqui que veem pela frente. Underwater tem uma das construções mais arrepiantes nessa lista, e merece palmas por isso.
8. BEAUTIFUL MONSTER – STAYC
Ok gente, RUN2U foi muito boa, disso a gente não duvida, eu mesma coloquei ela nesse top aqui, mas vocês por acaso ouviram Beautiful Monster? Vocês prestaram atenção nessa obra prima em formato de música? Porque se não, eu vou mandar parar de ler o que eu estou escrevendo e ir ouvir essa maravilha, porque nossa como eu AMO essa música. StayC facilmente me arrebatou com essa aqui e ainda me fez testemunha de Beautiful Monster, dois coelhos numa cajadada só.
Agora indo pra parte onde eu falo um pouco mais sério, essa deve ser a música que compete frente a frente com So Bad pra mim. Eu sei, as duas são dois polos diferentes, mas tem algo em toda a magia dessa faixa que me faz voltar pra ela de novo e de novo. Eu adoro cada partezinha dela, os sintetizadores são lindos de ouvir, a presença simples mas marcante do violão nos versos dá uma profundidade incrível a música, o refrão quase como um grito que mistura sentimentos… É isso que eu falo quando eu entro no quesito de músicas melancólicas que não são melancólicas de jeito nenhum. É a vibe completa de Beautiful Monster que faz com que ela seja tão lindinha e boa de se escutar, é como ela é delicada ao mesmo tempo que machuca, que inclusive tem uma linha perfeita pra descrever tudo sobre ela “você é um lindo monstro, que me machuca e cura”.
7. TOMBOY – (G)I-DLE
Saindo de músicas delicadas pra soco na cara e chute no estômago, vamos para o então primeiro comeback do Idle depois de toda a polêmica com a Soojin. A volta da fênix diretamente das cinzas que, como diz o nome de álbum, elas nunca morrem mesmo. Tomboy foi uma música extremamente necessária pra essa volta do Idle, elas precisavam voltar com um impacto maior e dizer que ainda estavam ai pra trazer música de qualidade e trazer atenção do público.
E deu certo, Tomboy se saiu extremamente bem em todos os lugares e entregou uma das músicas do ano dentro da Coreia. E isso não é atoa, porque por deus, como essa música é BOA. A Soyeon não estava de brincadeira quando pegou a caneta e começou a escrever ela, muito menos todo o resto quando elas decidiram colocar a alma na coisa toda. Tomboy se apoia num rock/punk que funciona com toda a imagem das meninas e, ainda por cima, traz algo novo pra elas. É o tipo de música que eu nunca esperaria ver o Idle fazendo, mas elas foram lá e fizeram com maestria, fazendo desse comeback algo icônico e legendário para um grupo que havia acabado de perder uma membro no meio de polêmica séria. E talvez seja isso que a coloca num lugar tão alto pra mim, mas nunca esqueçam que Tomboy ainda é a melhor música do Idle até hoje.
6. BIBI VENGEANCE – BIBI
Pois bem, finalizando suas aparições por aqui e garantindo mais uma vez uma colocação no meu top 10, está senhorita Bibi com o que seria a título principal de seu mais novo full álbum. Essa mulher se supera toda vez que se coloca em jogo, e todo o conceito do Lowlife Princess: Noir, contanto a história da persona Bibi, dá um gostinho a mais pra coisa toda. E é dentro desse álbum esse ano e com uma título tão boa que ela emplaca mais uma vez por aqui.
Bibi Vengeance é uma música que destila um sentimento quase bêbado de raiva, e você vai bebendo desse sentimento junto a música até que, ao seu fim, você está inebriado pela coisa toda. Tudo feito aqui ajuda nessa construção, a flauta que está prestes a desafinar no instrumental, a agressividade que se encontra tanto no instrumental quanto nos vocais e, claro, a maneira com a qual a Bibi interpreta a coisa toda. Tudo se encaixa perfeitamente pra criar uma atmosfera que, mesmo que ainda seja divertida, tem um certo peso nela. Me faz sentir como se estivesse no clipe junto com ela, descendo o cacete numa galera sem dó nem piedade, e que ainda estou me divertindo com isso. A Bibi todo ano me impressiona um pouco mais e faz com que eu fique sedenta por mais dela, e esse ano ela fez isso de novo.
5. FAIRYTALE – DREAMCATCHER
Eu disse que eu tinha parado com os solos, não com as músicas do Dreamcatcher, então aguentem mais cinco segundinhos comigo puxando o saco das meninas. Eu disse lá em Vision que o seu álbum tinha sido, provavelmente, um dos mais fraquinhos em questão de b-sides. Mas tem uma que salva tudo naquele álbum, e essa música é nada mais nada menos que a mágica Fairytale. E sim, eu disse mágica numa música do Dreamcatcher, mas vamos entender isso já já.
Fairytale se joga num ponto que eu nunca realmente vi o grupo abordando, mesmo que esse estilo musical não seja exatamente novo pra elas. O ponto aqui é que essa faixa se apoia em um instrumental já usado, mas com um filtro tão diferente por cima que, combinado com vocais, trazem uma experiência nova pra quem quer que esteja escutando essa música pela primeira vez esperando outra coisa do DC. Ela me faz sentir dentro de um bosque mágico, num conto de fadas (e olha só, é esse o nome da música), quase como se se eu jogasse uma moeda numa fonte aleatória, meu pedido se tornaria realidade. Essa é a beleza de Fairytale, ela te joga nesse sentimento mágico e nostálgico ao mesmo que fazem com que uma pequena chama se acenda no seu coração.
4. ILLUSION – AESPA
Girls foi legal e tal, mas vamos pra verdadeira título desse álbum do aespa? Porque se teve uma música que entregou exatamente o que era esperado do grupo, essa música foi Illusion, a música que alugou um triplex na cobertura da minha cabeça sem pagar um centavo sequer. Quando a gente fala de fazer uma pré release ser forte o suficiente pra segurar a hype até o álbum de verdade, provavelmente o que queremos dizer é que tem que ser nesse nível.
Illusion jogou a expectativa pro Girls lá cima, e talvez seja por isso que tanta gente se sentiu um pouco underwhelmed pela título principal do álbum, mas a culpa não é da música que ela é tão boa. Existe alguma coisa no instrumental dessa música que faz com que ela seja, a cada curva, inesperada. Não existem trocas bruscas, não existe a quebra de expectativa exagerada que você esperaria num dia comum do aespa, mas ao mesmo tempo Illusion ainda consegue te levar numa viagem a cada segundo. Todo o trabalho em cima dessa música ajuda nisso, porque a cada segundo você fica mais sedento pelo que vem na próxima parte, onde que Illusion vai te fazer perder o ar a próxima vez. E é esse tipo de música que me faz ser tão cadelinha do aespa, porque quando elas vem pro tapa, elas realmente vem armadas até os dentes.
3. HYPE BOY – NEWJEANS
E se acharam que a participação do NewJeans por aqui acabou com Attention, pois estavam muito errados. Ainda faltava a minha queridinha do álbum de debut delas pra dar as caras por aqui, ou vocês acharam que eu não seria puxa-saco de Hype Boy por aqui? Eu não poderia perder a oportunidade de criar uma hype absurda pra essa música, ainda mais com ela abrindo o nosso top 3 (e emplacando o álbum de debut completo por aqui, algo novo).
NewJeans se tornou um dos meus grupos favoritos desse ano com extrema facilidade, achei tudo o que elas colocaram na rodinha consistentemente bom, e até mesmo a primeira música delas pós debut (que é realmente um pre release) foi ótima. E isso acaba se encaixando perfeitamente com o fato que eu simplesmente adoro Hype Boy do fundo da minha alminha, mesmo ela sendo na minha opinião uma das mais simples do álbum de debut do grupo. Mas tem algo nela que é apaixonante, provavelmente toda a energia vibrante que ela exala em todos os seus segundos. As meninas fizeram tudo lindíssimo até agora, mas até o dado momento Hype Boy vai prosseguir como a minha favorita do grupo.
2. ANTIFRAGILE – LE SSERAFIM
Eu nunca poderia deixar de lado a música das serafinas que também alugou um triplex na cobertura do meu cérebro sem pagar nenhum tipo de aluguel. As meninas já haviam começado bem com Fearless, mas ninguém contava com o fato que o primeiro comeback delas seria um estouro desse tamanho, muito menos que ela se tornariam latinas e trariam a Rosalía que vive dentro de seus corações pra dar um show com o que, facilmente, é a melhor música que um grupo lançou esse ano.
Antifragile pega tudo que dá certo nas músicas da Rosalía, joga num liquidificar e adaptada perfeitamente pro kpop. Então temos um instrumental dançante e divertido, que faz com que você queira levantar da sua cadeira pra dançar nem que seja um pouco, ou até mesmo tentar pegar a coreografia absurda dessa música. Isso se combina com os vocais e carisma das meninas num combo poderoso e devastador, que sai arrastando quem quer que esteja na frente e fazendo se ajoelhar na frente do Le Sserafim e dizer “obrigada pela benção”. Brincadeiras a parte, fazia muito tempo que o kpop não tinha um respiro desse nipe dentro de seus lançamentos, então ver o Le Sserafim botando algo assim pra jogo não somente nos deixa feliz por ser MUITO bom, mas também por ser extremamente refrescante.
E enfim, aqui chegamos ao primeiro lugar desse ano. Depois do aespa no ano passado ter emplacado algo por aqui com Next Level, todo mundo deve esperar o pior de mim a qualquer momento. Mas, esse ano, o primeiro lugar pertence a pessoa que mais puxei o saco durante esse ano e também nessa lista, que teve lançamentos incríveis e um ano maravilhoso:
1. INVU – TAEYEON
Se tem uma música que merecia meu topo 1, independente de tudo que fosse lançado, essa pessoa é a Taeyeon. E sem brincandeira, eu venho brincando entre meus amigos que INVU seria meu primeiro lugar desde que ela foi lançada, e não teve uma música esse ano que me fez mudar de ideia de uma brincadeirinha minha. Taeyeon pegou aqui tudo o que poderia dar certo pra ela como cantora, decidiu elevar a potencial de 10 pelo menos umas 15 vezes e então, lançou a obra de arte que INVU é. Não tem outras palavras pra explicar essa música sem ser uma obra de arte.
Taeyeon por si só já facilita muito a gente gostar das músicas dela, já que a gata por si só sempre lança coisa boa, e isso combinado com o vocal quase angelical dela… fica difícil da gente não cair, e é exatamente isso que INVU fez comigo. Ela tem um instrumental perfeito, que combina perfeitamente com toda a vibe do clipe e até mesmo do álbum, ele é mágico e soa quase como uma música feita com o propósito de te fazer mais próxima aos céus. Mas sabem o que realmente faz com que essa faixa funcione do jeito que ela funciona? Exatamente, toda a interpretação da Taeyeon, cada momento vocal dessa música te coloca mais próximo desse objetivo interessante de fazer com que ela pareça uma viagem aos céus. A Taeyeon coloca tanto sentimento e vontade nessa música que é impossível que você não se apaixone por ela toda vez que a escuta. INVU se utiliza de tudo que poderia dar certo e a Taeyeon coloca uma camada a mais na coisa toda, tornando-a algo impossível de não se adorar.
E é isso, por aqui chegamos ao final do meu top 100 de 2022. Tivemos atrasos (eu geralmente lanço isso na semana antes do natal) e muitas complicações, mas no fim das contas consegui lançar esse top ainda no final desse ano.
2022 foi um ano meio maluco pra mim, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, e por isso dei uma largada de mão no blog algumas várias vezes. Eis uma coisa que deixo para melhorar no próximo ano, aparecer aqui mais algumas vezes pra agraciar a todos com minhas opiniões que absolutamente ninguém pediu.
Entretanto, gostaria de agradecer a todos que estão aqui lendo de vez em quando, sem vocês não sei se o srsly iria tão pra frente quanto chegamos agora. Desejo a todos um ótimo 2023 e ótima virada de ano. Ano que vem estarei aqui, tentando melhorar todo dia.
Obrigada a todos!
Feliz 2023~
INVU ficou bem perto de eu colocar no #1 também, mas foi mais por eu ter ouvido o álbum bem menos do que eu ouvi o Purpose, acho que faltaram algumas músicas meio bátidas que eu amo (Sinto que faltou um My Tragedy/Here I Am e uma Love You Like Crazy… Sim, sei que nem sempre dá para reciclar musicas assim, mas queria muito as novas versões dessas, ainda mais que a LYLC e My Tragedy não receram nem um Special Clip sequer)
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É que INVU me pegou pelo pescoço e me manteve em cativeiro desde que foi lançada 🫠 mas acho que o álbum em si, mesmo sendo MUITO bom, falta essas coisinhas batidas que funcionam que você falou
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Puxa, Hype Boy não ficou em #99.
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Alguém precisava fazer justiça a ela poxa 😩
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O top 3 icônico bru ❤
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De vez em quando eu acerto 💙
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